Na obra “No giro do Maracá” quis representar a única coisa que une os povos indígenas nesse momento que é o rezo, os rituais coletivos ou pessoais. Para isso, trouxe a imagem do Maracá e, claro, vários grafismos que são comuns a vários povos indígenas, simbolizando e trazendo a coragem da onça, a paciência do jabuti, a fluidez do peixe e a força da samaúma, representando as medicinas da floresta. Nos povos indígenas o Maracá não é só um instrumento musical, mas sim uma verdadeira ferramenta de cura, ela tem o poder de chamar os encantados pra nos ajudar nos momentos sagrados e de afastar os espíritos e energias ruins, como uma limpeza mesmo. Então, pra mim dentro de um Maracá corre um universo cósmico muito poderoso e na minha obra quis representar esse universo fora do Maracá no momento do ritual de como seria se todo mundo pudesse ver, e trazer essa reflexão que estamos isolados nesse momento em nossas aldeias mas estamos conectados com nossos parentes através de nosso rituais e de nosso encantados.